Beleza Fatal, produzida pela MAX – Crítica da primeira impressão

Poster da telenovela, Beleza Fatal.

Quando se fala de novela, a primeira coisa que vem a cabeça é a Rede Globo, que é conhecida nacionalmente por suas produções a décadas; e quando falamos de novela com tema de vingança, Avenida Brasil é o que nos vem a cabeça. Mas, nesta crítica, eu quero falar sobre Beleza Fatal, produzida pela Max.

A primeira coisa que eu gostaria de comentar é sobre o mercado audiovisual, sobretudo as telenovelas, que vem caindo muito o número de telespectadores nos últimos anos. A Rede Globo, maior produtora neste ramo, chegou a mudar suas cláusulas de contrato com atores e atrizes, incluindo o encerramento do contrato de alguns deles. Mas, a emissora também mudou seu estilo cinematográfico, quando comparamos as novelas atuais com as antigas, numa tentativa competitiva com os streamings que cresceu com força no Brasil. Apesar das mudanças aplicadas, a Globo perdeu a noção completa sobre o desejo do público e da conexão criada com os telespectadores como com Avenida Brasil, e sobretudo, enterrou qualquer chance de trazer novamente um roteiro tão bem escrito.

Mas, desta vez, a Max trouxe para seu público algo que esperavam de uma telenovela há muito tempo. Beleza Fatal traz de volta uma conexão vingativa e melodramática entre seus personagens e os telespectadores.

Existem alguns fatos que precisam ser atenuados e comentados nesta criação de Raphael Montes como, por exemplo, o roteiro, que foi tão bem escrito e tão bem definido trazendo personagens com profundidade e verossimilhança, além de uma boa estrutura temática, onde os roteiristas demonstram que sabem onde querem chegar. Mas uma das coisas que me impressionou no primeiro capítulo é o incrível trabalho de fotografia feito pela produção.

Sem dúvidas, as interpretações de Camila Pitanga, Giovanna Antonelli e Camila Queiroz me tiraram o ar, levando cada vez mais a telenovela a um fluxo de conexão e clímax para o telespectador. Mas, ninguém do elenco me impressionou mais do que Júlia Stockler interpretando o papel de Gisela Argento. Ela faz uma interpretação com uma profundidade melodramática em sua personagem com um exato ponto de equilíbrio; como um barco à deriva no oceano, e que independente da tempestade, do tamanho ou da força das ondas, ele se mantém sempre na superfície. E é exatamente essas mudanças bruscas nas ondas, que eu trago como uma símile para os sentimentos da personagem, que Júlia Stockler acerta de mão cheia e conecta ao telespectador de uma maneira impecável e artística. 

Classificação

Nota: 9.7/10

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