Tive que escutar este álbum várias vezes. Não me lembro quantas. Admito que perdi a conta. Mas, geralmente, eu sempre escuto uma música ou um álbum várias vezes para eu começar a gostar dele. E com ESCÂNDALO ÍNTIMO não foi diferente. Acredito que este deve ser o trabalho mais importante da Luísa. Dela e de sua equipe. Mas vou pontuar algumas coisas nesta crítica que o tornaram tão bom quanto ruim.
Uma das coisas que eu deveria comentar… ou melhor perguntar é “Qual é o tema central desse álbum?”. Eu sei que a resposta seria óbvia demais e que seria nada mais, nada menos que o próprio nome do álbum. Mas o motivo específico dessa dúvida é o fato exato do quanto a Luísa desviou do tema principal do álbum. Me pareceu, em diversos momentos, que o álbum estava composto por várias faixas aleatórias escolhidas pela artista; como se ela tivesse jogado um baú de pertences no chão de seu quarto e revirado o montante de composições para escolher a mais adequada para a ocasião. Sem dúvida alguma de que a única faixa que representava o tema central do álbum é PRINCIPALMENTE ME SINTO ARRASADA. Já que estamos falando sobre as faixas, eu recomendo que a cantora repense na sua equipe de compositores, porque isso aqui foi de um constrangimento alheio inigualável.
Outra grande dúvida minha é “O que aconteceu com a dicção da Luísa Sonza?”. A maioria das músicas, eu tive que ouvir lendo as letras, porque eu não entendia nada do que era cantado. Eu não sei se ela fazia isso de propósito porque eu vi internautas comentando que não conseguiam entender o que ela cantava no evento The Town ou se é uma péssima técnica adotada pelo produtor musical. E falando em produção musical… a composição dos samples foi muito bem elaborada.
Quanto a fotografia. Foi muito bem trabalhada. Eu digo isso só olhando a capa do álbum porque como eu não comprei o álbum físico, eu não tive acesso ao encarte que vem junto com o disco. A impressão que me veio é de que foi inspirada na faixa LUISA MANEQUIM, ou talvez, a artista quis passar essa sensação de que ela é como um manequim para a indústria musical e aqueles que consomem sua arte, apenas um objeto para ser visualizado e julgado. Pelo menos foi essa a impressão que essa capa me causou. Portanto eu poderia considerá-la uma arte magnífica de fotografia por ter me passado essa impressão. E é literalmente, o melhor elogio que eu posso dar a esse álbum.
