Flow – Resenha Crítica

Flow é mais um daqueles filmes que te faz descobrir o “novo”. O fato é que, ficamos anestesiados com os vastos clichês hollywoodianos, e acabamos esquecendo de que o cinema, sobretudo a arte em si, é um montante de descobertas do novo. Gints Zilbalodis nos lembrou disso com este filme.

Mais do que um filme de animação, Flow é uma produção que explora a profundidade da alma do telespectador, e o coloca à deriva. Ele traz aquele sentimento de criança, da época em que ficávamos frente a uma TV assistindo a desenhos o dia inteiro, ansiando, se conectando, se impressionando com a história que é contada.

Flow é um filme sem diálogo, o que facilita a conexão com o telespectador de qualquer lugar do mundo, mas também, uma produção feita com baixo orçamento e com um software gratuito. Isso é algo que inspira os produtores independentes. O ato de contar história é mais do que diálogos e expressões entre personagens. É uma arte de conectar o público a história usando suas emoções e sentimentos.

Não há presença de humanos no filme, mas em vários momentos, indícios de vida humana é colocada em cenas, mostrando construções abandonadas. Outro ponto a ser comentado é o maior conflito apresentado na trama: a água. A ideia de uma espécie de inundação que vemos no filme, traz um teor bíblico, mas que ao mesmo tempo, fica uma interpretação à gosto do freguês. Porém, a ideia de trazer esse teor religioso, seja talvez, uma tentativa de conectar ainda mais o telespectador emocional, religiosa e culturalmente.

Classificação

Nota: 9.6/10

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